segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

O verdadeiro Natal - Pedro Guardião

O Natal, festividade cristã, é uma data para nós Latino-Americanos um tanto confusa. No ápice do verão, enfeitamos pinheiros com flocos de neve, comemos castanhas, frutas e comidas típicas do inverno, tudo por uma simbologia que não condiz nem mesmo com o que ela representa. Muito foi tirado dos festejos de Yule, na América do Norte, sobre o nascimento da criança da promessa (o Cristo). Para nós, pagãos, é quase impossível ignorar a festa, já que nossas famílias, amigos e o coletivo carrega esta base cristianizada, que muitas vezes é mais pela “estética” do que religiosa, propriamente dita. Vejo muitas crianças perguntando aos seus pais sobre o significado do Papai Noel, da neve, dos presentes, da árvore de natal, e as respostas são sempre genéricas ou nem ao menos sabem do que se trata. Na antiguidade, o Natal era celebrado em datas variadas, como 06 de janeiro e até hoje a data exata, historicamente falando, do nascimento de Jesus, não foi reconhecida. Muitos deuses têm sua mitologia encarnada em 25 de dezembro e assim, em 440 d.C, foi decretado esta data oficial a fim de cristianizar os festivais pagãos.

Muito curioso como Jesus foi semelhante a Hórus, na antiga religião egípcia, que logo no começo era encarado como o “menino faraó”. Enfim... o propósito é lembrar que apesar de estar em festejos tão fiéis aos costumes coletivos, carregue dentro de si a SUA verdade e a SUA crença. Eu não gosto muito de sincretismo religioso, mas vejo como posso celebrar a minha essência dentre os demais, para que não fiquemos encarados como os “vilões” ou “hereges”. Conecte com a força dos antigos e transmita a gratidão pela energia que se perpetua com aqueles costumes e celebre sem medo de ser feliz!
Um ótimo Natal e bênçãos de Hórus a todos!


- Pedro Guardião