sábado, 19 de outubro de 2013

Almanaque Wicca nas bancas - Pedro Guardião

Acompanho o Almanaque Wicca desde seu lançamento, em 2004. Confesso que sempre foi uma mão na roda pelo seu calendário completo com datas de celebrações, luas, signos e etc. O conteúdo é bem interessante, com matérias de autores nacionais e textos de livros não traduzidos no Brasil, de autores renomados, dos quais a editora traduz especialmente uma vez por ano nessas publicações. A diagramação é simples, sendo ótima para as matérias. Já o calendário em si, fica no miolo do livreto, em outra posição para o acompanhamento tradicional. Não chega a ser um incômodo, mas na edição comemorativa de 10 anos o calendário é de mesa, vem separado. Adorei a ideia! Aliás, a capa está belíssima, lembrando bastante a primeira edição, que para mim foi a mais vistosa e bonita até agora.

O almanaque não chega a ser indispensável, mas como eu disse, é ótimo para consultar/relembrar datas e ler um bom conteúdo sobre Wicca. Mais ou menos como um livro de cabeceira para os iniciantes.

Portanto, fica a minha dica! Você encontra nas bancas de todo o Brasil e o valor é super justo, apenas R$9,90. Investir em conhecimento nunca é demais!


Pedro Guardião

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Kali, a Deusa da Reencarnação - Pedro Guardião

A Índia foi o lugar em que a humanidade vivenciou a Mãe Terrível da forma a mais grandiosa, como Kali, "as trevas, o tempo que a tudo devora, a Senhora coroada de ossos do reino dos crânios".

Na mitologia hindu, Kali é uma manifestação da Deusa Durga. Segundo a lenda, no primórdios dos tempos, um demônio chamado Mahishasura ganhou a confiança de Shiva depois de uma longa meditação. Shiva ficou agradecido por sua devoção e então lhe concedeu a dádiva de que cada gota de seu sangue produziria milhares como ele, que não poderiam ser exterminados nem pelos homens, nem pelos deuses. De posse de tamanho poder, Mahishaseura iniciou um reinado de terror vandalizando pelo mundo.

As pessoas foram exterminadas cruelmente e até mesmo os deuses tiveram que fugir de seu reino sagrado. Os Deuses reuniram-se e foram se queixar para Shiva das atrocidades cometidas pelo tal demônio. Shiva ficou muito zangado ao ser informado de tais fatos. Sua cólera, por sentir-se traído em sua confiança, saiu do terceiro olho na forma de energia e transformou-se em uma mulher terrível. Shiva aconselhou que os outros Deuses também deveriam concentrar-se em suas shaktis e liberá-las. Todos os Deuses estavam presentes quando uma nova deusa nasceu e se chamou a princípio de Durga, a Mãe Eterna. Ela tinha oito mãos e os Deuses a investiram com suas próprias armas de poder: o tridente de Shiva, o disco de Vishnu, a flecha flamejante de Agni, o cetro de Kubera, o arco de Vayu, a flecha brilhante de Surya, a lança de ferro de Yama, o machado de Visvakarman, a espada de Brahma, a concha de Varua e o leão, que é o meio de locomoção de Himavat.


Montada no leão, transformou-se em Kali, e cega pelo desejo de destruição atacou Mahishasura e seu exército. A Deusa exterminou demônio após demônio, exército após exército e um rio de sangue corria pelos campos de batalha, até que finalmente, decapitou e bebeu o sangue de Mahishasura estabelecendo novamente a ordem no mundo.

Logo após as batalhas Kali iniciou sua eufórica dança da vitória sobre os corpos dos mortos. Com esta dança todos os mundos tremiam sob o tremendo impacto de seus passos. Em muitas ocasiões, seu consorte Shiva teve de se atirar entre os demônios por ela executados e deixá-la pisoteá-lo. Esse era o único modo de trazê-la de volta à consciência e evitar que o mundo desabasse.


kali kali maha mata
namah kalike namoh namah
jaya jagatambe eh ma durga
narayane om narayane om